Vejamos como poderia começar a contar coisas não concretas. Não totalmente.. É como a neve. Ela está lá, caindo do céu e logo após um tempo, derretendo no mesmo chão que um tempinho atrás ocupava. Temporária.
Quase concreta, mas não chega lá. O que torna as coisas muito mais difíceis, o fato de você não ser concreta! - Ele repetia isso, uma, duas, três vezes... Tudo porque ''é muito complicado''.
Sinto-me derretendo entre seus dedos, sendo forçada a sumir e nunca mais ouvir falar de que eu um dia fui tua. E por que? Aonde tudo isso começou? Em um lugar desconhecido, em um lugar muito habitado, mas pouco explorado. Amor. Medo.
Um novelo de lã é simples. Vamos desfiando-o, procurando um começo, um núcleo de todo aquele emarenhado de fios; desenrolamos e desenrolamos, finalmente chegando ao começo. Mas, aonde? Ele não existe. Foi simplesmente feito sem deixar marcas, indícios. O novelo agora era um grande fio, sem começo, com um fim. Coisas da vida. Você só tem que... Se conformar, garota. Você fala essas coisas como se fosse fácil. Atira a primeira pedra, abrindo uma ferida que sozinha jamais poderei curar.
Ou não. Caminharei até o Sol, me esquentando e virando algo que possa orgulhar todos, inclusive á mim mesma. Posso ser machucada, posso machucar; mas, sempre terei aquelas palavras ecoando em meus ouvidos, salvando os dias que pareciam horríveis e melhorando os que me alegram. Eu te amo - E essas são as melhores coisas da vida. Guardar o bom; ele é útil. Esquecer o ruim; aprendendo e ficando mais forte. A vida querida, anos e mais anos. Faça algo, rápido. O tempo não pára para quem não vale a pena. O tempo não pára quando você não vive de verdade. E quando ele parar, saiba que você conseguiu. Finalmente, garota. Conseguiu.
A neve parou de cair, o Sol ficou no horizonte mais tempo do que parecia ficar, as ruas estavam quietas, os gritos de terror foram embora e finalmente, o tempo se silenciou e cedeu para mim. Eu consegui. Por causa de você. Por causa de mim.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
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